Os urubus, aves da ordem Cathartiformes e da família Cathartidae, são aves de extrema importância na natureza por serem necrófagos, ou seja, são aves que se alimentam de animais já mortos. Eles são responsáveis pela eliminação de 95% das carcaças dispostas em um ecossistema, sendo a maioria delas de mamíferos.
No Brasil são conhecidas cinco espécies de urubus: O imponente urubu-rei (Sarcoramphus papa) e o urubu-da-mata (Cathartes melambrotos), que muito raramente são encontrados próximos das áreas urbanizadas, e o urubu-preto (Coragyps atratus), o urubu-de-cabeça-vermelha (Cathartes aura), e o urubu-de-cabeça-amarela (Cathartes burrovianus).
Apesar de sua importância e abundância, poucas pessoas conhecem seus hábitos, como o comportamento alimentar e a hierarquia respeitada por essas aves. Os urubus localizam a carcaça, normalmente, por possuírem um ótimo sentido de olfato, sendo muito mais desenvolvido no urubu-de-cabeça-vermelha e de-cabeça-amarela, estes localizam primeiro a carcaça e assim são seguidos pelas outras espécies.
Para que possam ter uma boa visão de para onde os urubus-de-cabeça-vermelha e de-cabeça-amarela estão voando, as outras espécies procuram atingir grandes altitudes aproveitando as correntes térmicas para planar, e muitas vezes somem de nossas vistas tornando-se um ponto minúsculo no céu.
Diferente das demais aves, os urubus não possuem penas em sua cabeça, isso pode ser explicado devido ao fato de se alimentarem de carniça, e essas penas poderiam ser um ponto de contaminação ao entrarem em contato com a carcaça, repleta de microorganismos prejudiciais a sua saúde. Há cientistas dedicados ao estudo do sistema imunológico destes animais para descobrir o segredo da resistência a infecções que parecem possuir.
Outro fato pouco conhecido sobre essas aves, é que existe uma clara organização na hora da alimentação. Esta “hierarquia” pode ser vista na maneira como as outras espécies de urubus se afastam da carcaça com a chegada do urubu-rei, e quando encontram uma pele muito resistente, somente ele é capaz de rasgar esta pele graças a seu bico mais forte que o das demais espécies.
quarta-feira, 12 de março de 2008
Pelicano
Ordem: Pelacaniforme
Família: Pelecanidae
Nome popular: Pelicano
Nome em inglês: Great White Pelican
Nome científico: Pelecanus onocrotalus
Distribuição geográfica: Migram no inverno do noroeste da África e Iraque até norte da Índia. Reside na África, sul do Saara até Noroeste da Índia e Sul do Vietnã.
Habitat: Na Eurásia ficam em águas frescas ou paradas de lagos, deltas, lagoas, requerem lugares amplos para reprodução. Na África ficam em águas frescas ou alcalinas de lagos ou mar.
Hábitos alimentares: Alimentam-se de peixes, tais como carpas, tainhas e tilápias. Peixes grandes podem compor 90% da sua dieta, no entanto, também podem sobreviver alimentando-se de uma grande quantidade de peixes pequenos.
Reprodução: O ano todo na África, na Índia iniciam o período reprodutivo entre fevereiro e abril, na primavera reproduzem-se das zonas temperadas do leste Europeu até o oeste da Mongólia, na África. Fazem ninhos nos chão, normalmente em grande colônias; o ninho é normalmente composto por pilhas de junco e galhos.Põem de 1 a 3 ovos, sendo que a incubação ocorre de 29 a 36 dias. Atinge a maturidade sexual entre 3 e 4 anos.
Período de vida: Em cativeiro podem viver aproximadamente 40 a 52 anos.
Nos desenhos animados, os pelicanos são mostrados carregando toda espécie de objeto em seus bicos, como carteiras, ferramentas e brinquedos. Mas a “bolsa” formada pela pele extensível sob o bico tem outro objetivo: apanhar os peixes de sua alimentação, servindo como uma espécie de “rede de pesca” quando o pelicano mergulha atrás de um cardume. Mas, de vez em quando, ela serve como “transporte” de peixes de um lugar a outro.
Outra utilidade da bolsa é oferecer alimento aos filhotes de forma mais fácil. Os filhotes recebem alimento semi-digerido pelos pais, e, como mesmo os recém nascidos possuem um longo bico, teriam dificuldade em pegá-lo no fundo da garganta dos pais, como fazem as outras aves marinhas.
Muitos os confundem com os patos e gansos, pensando que são aparentados. Na dúvida, olhe para seus pés. Os pelicanos têm quatro dedos unidos pela membrana interdigital, enquanto os patos e demais anseriformes têm apenas três.
Os pelicanos são aves grandes, as maiores espécies da família pelecanidae, como o pelicano-rosa (Pelecanus onocrotalus) ultrapassam 2,70 metros de uma ponta à outra das asas! Este pelicano costuma pescar em grupo, colocando-se todos em semi-círculo e batendo as asas na superfície da água, encurralando o cardume. Quando isto acontece, mergulham os bicos ao mesmo tempo na água, pegando assim um número maior de peixes do que se pescassem sozinhos.
No Brasil apenas uma espécie aparece com relativa freqüência, a Pelecanus occidentalis ou pelicano pardo. Esta espécie atinge até dois metros de envergadura e é uma das que convivem mais próximas ao homem. Pescam se atirando à água ao avistar um peixe, e saindo com ele dentro da sua “bolsa” para que não seja roubado por outras aves marinhas.
Grandes voadores, os pelicanos-rosa atravessam enormes distâncias em migrações, quando vivem em lugares frios. Em algumas regiões da África, podem formar grandes bandos, onde machos e fêmeas se exibem para encontrar um par adequado e fazer seu ninho, que pode ser de algas, galhos secos ou ser apenas uma área limpa nas rochas. Lá, o casal coloca normalmente dois ovos, que incubam por pouco mais de um mês. O crescimento é rápido, pois a área de nidificação nem sempre também é a área preferida para viver. E muitos filhotes não sobrevivem até o primeiro aniversário.
Como se alimentam de peixes, os pelicanos foram algumas das aves que sentiram primeiro a intoxicação dos inseticidas organoclorados, que foram muito usados no século XX. Os inseticidas iam para as águas e ali acumulavam-se através da cadeia alimentar, e os peixes tinham grandes quantidades deles quando eram ingeridos pelos pelicanos.
Família: Pelecanidae
Nome popular: Pelicano
Nome em inglês: Great White Pelican
Nome científico: Pelecanus onocrotalus
Distribuição geográfica: Migram no inverno do noroeste da África e Iraque até norte da Índia. Reside na África, sul do Saara até Noroeste da Índia e Sul do Vietnã.
Habitat: Na Eurásia ficam em águas frescas ou paradas de lagos, deltas, lagoas, requerem lugares amplos para reprodução. Na África ficam em águas frescas ou alcalinas de lagos ou mar.
Hábitos alimentares: Alimentam-se de peixes, tais como carpas, tainhas e tilápias. Peixes grandes podem compor 90% da sua dieta, no entanto, também podem sobreviver alimentando-se de uma grande quantidade de peixes pequenos.
Reprodução: O ano todo na África, na Índia iniciam o período reprodutivo entre fevereiro e abril, na primavera reproduzem-se das zonas temperadas do leste Europeu até o oeste da Mongólia, na África. Fazem ninhos nos chão, normalmente em grande colônias; o ninho é normalmente composto por pilhas de junco e galhos.Põem de 1 a 3 ovos, sendo que a incubação ocorre de 29 a 36 dias. Atinge a maturidade sexual entre 3 e 4 anos.
Período de vida: Em cativeiro podem viver aproximadamente 40 a 52 anos.
Nos desenhos animados, os pelicanos são mostrados carregando toda espécie de objeto em seus bicos, como carteiras, ferramentas e brinquedos. Mas a “bolsa” formada pela pele extensível sob o bico tem outro objetivo: apanhar os peixes de sua alimentação, servindo como uma espécie de “rede de pesca” quando o pelicano mergulha atrás de um cardume. Mas, de vez em quando, ela serve como “transporte” de peixes de um lugar a outro.
Outra utilidade da bolsa é oferecer alimento aos filhotes de forma mais fácil. Os filhotes recebem alimento semi-digerido pelos pais, e, como mesmo os recém nascidos possuem um longo bico, teriam dificuldade em pegá-lo no fundo da garganta dos pais, como fazem as outras aves marinhas.
Muitos os confundem com os patos e gansos, pensando que são aparentados. Na dúvida, olhe para seus pés. Os pelicanos têm quatro dedos unidos pela membrana interdigital, enquanto os patos e demais anseriformes têm apenas três.
Os pelicanos são aves grandes, as maiores espécies da família pelecanidae, como o pelicano-rosa (Pelecanus onocrotalus) ultrapassam 2,70 metros de uma ponta à outra das asas! Este pelicano costuma pescar em grupo, colocando-se todos em semi-círculo e batendo as asas na superfície da água, encurralando o cardume. Quando isto acontece, mergulham os bicos ao mesmo tempo na água, pegando assim um número maior de peixes do que se pescassem sozinhos.
No Brasil apenas uma espécie aparece com relativa freqüência, a Pelecanus occidentalis ou pelicano pardo. Esta espécie atinge até dois metros de envergadura e é uma das que convivem mais próximas ao homem. Pescam se atirando à água ao avistar um peixe, e saindo com ele dentro da sua “bolsa” para que não seja roubado por outras aves marinhas.
Grandes voadores, os pelicanos-rosa atravessam enormes distâncias em migrações, quando vivem em lugares frios. Em algumas regiões da África, podem formar grandes bandos, onde machos e fêmeas se exibem para encontrar um par adequado e fazer seu ninho, que pode ser de algas, galhos secos ou ser apenas uma área limpa nas rochas. Lá, o casal coloca normalmente dois ovos, que incubam por pouco mais de um mês. O crescimento é rápido, pois a área de nidificação nem sempre também é a área preferida para viver. E muitos filhotes não sobrevivem até o primeiro aniversário.
Como se alimentam de peixes, os pelicanos foram algumas das aves que sentiram primeiro a intoxicação dos inseticidas organoclorados, que foram muito usados no século XX. Os inseticidas iam para as águas e ali acumulavam-se através da cadeia alimentar, e os peixes tinham grandes quantidades deles quando eram ingeridos pelos pelicanos.
terça-feira, 11 de março de 2008
Tigre-d'água
Ordem: Testudines
Família: Emydidae
Nome popular: Tigre-d'água
Nome em inglês: D'Orbigny's slider turtle
Nome científico: Trachemys dorbignyi
Distribuição geográfica: Rio Grande do Sul (Brasil), Uruguai e nordeste da Argentina
Habitat: Pântanos, banhados, lagos, riachos e rios
Hábitos alimentares: Onívoro
Reprodução: Desova entre 1 e 18 ovos por postura, que eclodem após 60 a 120 dias de incubação
Período de vida: Aproximadamente 30 anos
Conhecido como Trachemys dorbignyi pela ciência, esta espécie é uma das maiores vítimas do comércio ilegal de animais. De coloração muito bonita quando jovem, cujas listras amarelas e alaranjadas sobre fundo verde deram-lhe o nome popular de “Tigre d´água” é vendida com a promessa de que manterá aquela cor durante toda a vida e nunca alcançará grande porte. Ao ver o filhote recém-nascido com cerca de 3 cm, a maioria acredita.
Porém, crescendo de 3 a 5 cm ao ano e perdendo a intensidade de suas cores conforme se aproxima da maturidade, quando as fêmeas podem alcançar até 30 cm e os machos até 25 cm, torna-se incômoda e os exemplares são abandonados em lagos ou nas mãos de entidades de todo o país, causando um novo desequilíbrio, devido à complexidade dos trabalhos de reintrodução à natureza de animais criados em cativeiro.
Na Argentina, Uruguai e estados do sul do Brasil, onde vivem, elas possuemuma alimentação muito variada, que inclui vermes, carne que consigam encontrar, frutas, peixes, plantas, pequenos cruistáceos e muito mais. Além disso, podem sair para terra, tomar sol à vontade e possuem muito espaço para nadar. Manter tais condições em cativeiro, além de água sempre limpa e em temperatura adequada, é uma tarefa árdua.
Uma outra espécie do gênero, a Trachemys scripta elegans, popularmente conhecida como tartaruga de orelhas vermelhas, é vendida legalmente em boas casas de animais de estimação, e já vem com microchip, nota fiscal e papéis comprovando sua condição legal de venda. Muitas vezes são confundidas ou até mesmo vendem a Tigre d´água como sendo a de orelhas vermelhas.
Família: Emydidae
Nome popular: Tigre-d'água
Nome em inglês: D'Orbigny's slider turtle
Nome científico: Trachemys dorbignyi
Distribuição geográfica: Rio Grande do Sul (Brasil), Uruguai e nordeste da Argentina
Habitat: Pântanos, banhados, lagos, riachos e rios
Hábitos alimentares: Onívoro
Reprodução: Desova entre 1 e 18 ovos por postura, que eclodem após 60 a 120 dias de incubação
Período de vida: Aproximadamente 30 anos
Conhecido como Trachemys dorbignyi pela ciência, esta espécie é uma das maiores vítimas do comércio ilegal de animais. De coloração muito bonita quando jovem, cujas listras amarelas e alaranjadas sobre fundo verde deram-lhe o nome popular de “Tigre d´água” é vendida com a promessa de que manterá aquela cor durante toda a vida e nunca alcançará grande porte. Ao ver o filhote recém-nascido com cerca de 3 cm, a maioria acredita.
Porém, crescendo de 3 a 5 cm ao ano e perdendo a intensidade de suas cores conforme se aproxima da maturidade, quando as fêmeas podem alcançar até 30 cm e os machos até 25 cm, torna-se incômoda e os exemplares são abandonados em lagos ou nas mãos de entidades de todo o país, causando um novo desequilíbrio, devido à complexidade dos trabalhos de reintrodução à natureza de animais criados em cativeiro.
Na Argentina, Uruguai e estados do sul do Brasil, onde vivem, elas possuemuma alimentação muito variada, que inclui vermes, carne que consigam encontrar, frutas, peixes, plantas, pequenos cruistáceos e muito mais. Além disso, podem sair para terra, tomar sol à vontade e possuem muito espaço para nadar. Manter tais condições em cativeiro, além de água sempre limpa e em temperatura adequada, é uma tarefa árdua.
Uma outra espécie do gênero, a Trachemys scripta elegans, popularmente conhecida como tartaruga de orelhas vermelhas, é vendida legalmente em boas casas de animais de estimação, e já vem com microchip, nota fiscal e papéis comprovando sua condição legal de venda. Muitas vezes são confundidas ou até mesmo vendem a Tigre d´água como sendo a de orelhas vermelhas.
Jabuti-piranga
Ordem: Chelonia
Família: Testudinidae
Nome popular: Jabuti-piranga
Nome em inglês: Red-foot tortoise
Nome científico: Geochelone carbonaria
Distribuição geográfica: Norte, nordeste e centro-oeste da América do sul
Habitat: Cerrado, bordas de mata e florestas baixas
Hábitos alimentares: Onívoro
Reprodução: Desova entre 01 e 09 ovos em buracos no solo por postura, que eclodem após 5 a 10 meses de incubação
Período de vida: Mais de 50 anos
Nos desenhos animados, o casco das tartarugas é visto como uma “casa nas costas”. Elas conseguem despir o seu casco, e às vezes tem até telefone dentro (lembram-se da “tartaruga Touché”, desenho animado de Hanna & Barbera?).
Mas na realidade isso não ocorre. O casco, na verdade, é uma estrutura ossificada que surgiu a mais de 200 milhões de anos atrás, nos antepassados dos quelônios, como forma de proteção contra predadores.
A coluna vertebral e costelas desses répteis estão fundidas à carapaça, que é a parte dorsal do casco (a parte ventral é denominada plastrão). Portanto, elas não podem “sair de dentro” do casco.
As espécies terrestres, conhecidas como jabutis, são as que têm o casco mais abaulado. No Brasil, existem duas espécies, o jabuti-tinga, Geochelone denticulata, de porte maior e colorido mais claro (tinga, em Tupi, quer dizer branco) e o jabuti-piranga, Geochelone carbonaria, de porte menor e, geralmente, com escamas avermelhadas (piranga, em Tupi, quer dizer
vermelho).
O jabuti-piranga, por viver em regiões mais abertas, como a borda das matas e os campos dos cerrados, é a espécie mais conhecida. Infelizmente, pelos mesmos motivos, ele é caçado com freqüência para consumo da sua carne e para a venda como animal de estimação, atividades proibidas por lei. No Brasil, aparece dos estados da Amazônia até o norte de São Paulo.
Apresenta hábitos diurnos e, sendo um animal ectotérmico, necessita do calor do ambiente para elevar a sua temperatura corpórea. Só assim para tornar-se mais ativo e alimentar-se mais. Come frutas, folhas, flores e, esporadicamente, invertebrados e animais mortos. O macho alcança a maturidade sexual aos 8 anos de idade, com cerca de 20 cm de comprimento do casco, e a fêmea aos 12 anos de idade, com cerca de 25 cm de comprimento.
Podem viver bem mais de 50 anos e alcançar 45 cm de comprimento. Os machos são maiores e podem se envolver em combates usando o casco para tentar virar o oponente. Durante o cortejo que fazem às fêmeas, movimentam cabeça e pescoço para cima, para baixo e para os lados, e emitem sons que lembram um pouco o cacarejar de uma galinha.
As fêmeas colocam de 1 a 9 ovos de cada vez, em um ninho escavado na terra. O filhote nasce após 5 a 10 meses, com cerca de 4 a 5 cm de comprimento.
Família: Testudinidae
Nome popular: Jabuti-piranga
Nome em inglês: Red-foot tortoise
Nome científico: Geochelone carbonaria
Distribuição geográfica: Norte, nordeste e centro-oeste da América do sul
Habitat: Cerrado, bordas de mata e florestas baixas
Hábitos alimentares: Onívoro
Reprodução: Desova entre 01 e 09 ovos em buracos no solo por postura, que eclodem após 5 a 10 meses de incubação
Período de vida: Mais de 50 anos
Nos desenhos animados, o casco das tartarugas é visto como uma “casa nas costas”. Elas conseguem despir o seu casco, e às vezes tem até telefone dentro (lembram-se da “tartaruga Touché”, desenho animado de Hanna & Barbera?).
Mas na realidade isso não ocorre. O casco, na verdade, é uma estrutura ossificada que surgiu a mais de 200 milhões de anos atrás, nos antepassados dos quelônios, como forma de proteção contra predadores.
A coluna vertebral e costelas desses répteis estão fundidas à carapaça, que é a parte dorsal do casco (a parte ventral é denominada plastrão). Portanto, elas não podem “sair de dentro” do casco.
As espécies terrestres, conhecidas como jabutis, são as que têm o casco mais abaulado. No Brasil, existem duas espécies, o jabuti-tinga, Geochelone denticulata, de porte maior e colorido mais claro (tinga, em Tupi, quer dizer branco) e o jabuti-piranga, Geochelone carbonaria, de porte menor e, geralmente, com escamas avermelhadas (piranga, em Tupi, quer dizer
vermelho).
O jabuti-piranga, por viver em regiões mais abertas, como a borda das matas e os campos dos cerrados, é a espécie mais conhecida. Infelizmente, pelos mesmos motivos, ele é caçado com freqüência para consumo da sua carne e para a venda como animal de estimação, atividades proibidas por lei. No Brasil, aparece dos estados da Amazônia até o norte de São Paulo.
Apresenta hábitos diurnos e, sendo um animal ectotérmico, necessita do calor do ambiente para elevar a sua temperatura corpórea. Só assim para tornar-se mais ativo e alimentar-se mais. Come frutas, folhas, flores e, esporadicamente, invertebrados e animais mortos. O macho alcança a maturidade sexual aos 8 anos de idade, com cerca de 20 cm de comprimento do casco, e a fêmea aos 12 anos de idade, com cerca de 25 cm de comprimento.
Podem viver bem mais de 50 anos e alcançar 45 cm de comprimento. Os machos são maiores e podem se envolver em combates usando o casco para tentar virar o oponente. Durante o cortejo que fazem às fêmeas, movimentam cabeça e pescoço para cima, para baixo e para os lados, e emitem sons que lembram um pouco o cacarejar de uma galinha.
As fêmeas colocam de 1 a 9 ovos de cada vez, em um ninho escavado na terra. O filhote nasce após 5 a 10 meses, com cerca de 4 a 5 cm de comprimento.
segunda-feira, 10 de março de 2008
Chimpanzé
Ordem: Primates
Família: Pongidae
Nome popular: Chimpanzé
Nome em inglês: Chimpanzee
Nome científico: Pan troglodytes
Distribuição geográfica: região central da África
Habitat: florestas e matas secas de savana, e nas florestas tropicais de áreas baixas até áreas montanhosas.
Hábitos alimentares: Onívoro
Reprodução: Gestação de 230 dias
Período de vida: Aproximadamente 60 anos
O Chimpanzé (Pan troglodytes) é um primata que faz parte da mesma família que os humanos, a família Hominidae, possuindo uma semelhança genética de mais de 99%. Podem atingir até 1 metro de altura e pesar até 100 kg, de acordo com seu sexo. São animais de coloração preta, tornando-se acinzentada em animais mais velhos.
Na natureza, os Chimpanzés vivem em grupos que podem variar de 5 até mais de 100 indivíduos. No entanto, as fêmeas possuem hábitos mais solitários, passando a maior parte do tempo sozinhas. Nestes grupos os machos são dominantes sobre as fêmeas e os machos mais jovens.
São animais de hábitos diurnos, terrestres e arborícolas. Costumam se locomover pelo chão, mas preferem se alimentar sobre as árvores, durante o dia. Estes são primatas quadrúpedes, ou seja, locomovem-se utilizando os pés e as mãos, simultaneamente, para andar e correr, além de serem capazes de escalar, pular e ficarem suspensos. Além disso, ocasionalmente, podem se locomover de forma bípede, como os humanos.Geograficamente estão distribuídos nas florestas e matas secas de savana, e nas florestas tropicais de áreas baixas até áreas montanhosas, superiores à 3000 metros de altitude, na região central do continente africano.
Os chimpanzés possuem uma alimentação bem variada, sendo as frutas o principal alimento de sua dieta, mas também consomem muitas folhas, flores, sementes e, ainda, pequenos animais, como alguns pássaros, formigas, cupins, vespas e algumas larvas.
Estes animais, aparentemente, possuem culturas diferentes, dependendo da região em que vivem, assim como os humanos, e são capazes de ensiná-las de uma geração para outra. Entre tais ensinamentos estão, por exemplo, técnicas para extrair cupins de seus cupinzeiros, utilizando-se de gravetos; utilização de pedras para quebrarem sementes e frutos duros; e outros tipos de ferramentas adaptadas, usadas inclusive para caçar alguns pequenos mamíferos.
Machos dessa espécie podem se unir para manter a liderança sobre o grupo, ou roubar a posição do líder. Para intimidar os rivais, eles se demonstram agressivos, com vocalizações altas, agitações de galhos e até mesmo o ataque.
Os chimpanzés machos podem fazer pares com fêmeas, mas a promiscuidade é comum na espécie. Há casos em que a fêmea copulou 50 vezes com 14 machos diferentes em um só dia. Estes animais tem orgasmos e vocalizações específicas de cópula. Na verdade, são conhecidos 34 tipos diferentes de vocalizações nesta espécie
Família: Pongidae
Nome popular: Chimpanzé
Nome em inglês: Chimpanzee
Nome científico: Pan troglodytes
Distribuição geográfica: região central da África
Habitat: florestas e matas secas de savana, e nas florestas tropicais de áreas baixas até áreas montanhosas.
Hábitos alimentares: Onívoro
Reprodução: Gestação de 230 dias
Período de vida: Aproximadamente 60 anos
O Chimpanzé (Pan troglodytes) é um primata que faz parte da mesma família que os humanos, a família Hominidae, possuindo uma semelhança genética de mais de 99%. Podem atingir até 1 metro de altura e pesar até 100 kg, de acordo com seu sexo. São animais de coloração preta, tornando-se acinzentada em animais mais velhos.
Na natureza, os Chimpanzés vivem em grupos que podem variar de 5 até mais de 100 indivíduos. No entanto, as fêmeas possuem hábitos mais solitários, passando a maior parte do tempo sozinhas. Nestes grupos os machos são dominantes sobre as fêmeas e os machos mais jovens.
São animais de hábitos diurnos, terrestres e arborícolas. Costumam se locomover pelo chão, mas preferem se alimentar sobre as árvores, durante o dia. Estes são primatas quadrúpedes, ou seja, locomovem-se utilizando os pés e as mãos, simultaneamente, para andar e correr, além de serem capazes de escalar, pular e ficarem suspensos. Além disso, ocasionalmente, podem se locomover de forma bípede, como os humanos.Geograficamente estão distribuídos nas florestas e matas secas de savana, e nas florestas tropicais de áreas baixas até áreas montanhosas, superiores à 3000 metros de altitude, na região central do continente africano.
Os chimpanzés possuem uma alimentação bem variada, sendo as frutas o principal alimento de sua dieta, mas também consomem muitas folhas, flores, sementes e, ainda, pequenos animais, como alguns pássaros, formigas, cupins, vespas e algumas larvas.
Estes animais, aparentemente, possuem culturas diferentes, dependendo da região em que vivem, assim como os humanos, e são capazes de ensiná-las de uma geração para outra. Entre tais ensinamentos estão, por exemplo, técnicas para extrair cupins de seus cupinzeiros, utilizando-se de gravetos; utilização de pedras para quebrarem sementes e frutos duros; e outros tipos de ferramentas adaptadas, usadas inclusive para caçar alguns pequenos mamíferos.
Machos dessa espécie podem se unir para manter a liderança sobre o grupo, ou roubar a posição do líder. Para intimidar os rivais, eles se demonstram agressivos, com vocalizações altas, agitações de galhos e até mesmo o ataque.
Os chimpanzés machos podem fazer pares com fêmeas, mas a promiscuidade é comum na espécie. Há casos em que a fêmea copulou 50 vezes com 14 machos diferentes em um só dia. Estes animais tem orgasmos e vocalizações específicas de cópula. Na verdade, são conhecidos 34 tipos diferentes de vocalizações nesta espécie
Cacatua-das-molucas
Ordem: Psittaciformes
Família: Cacatuidae
Nome popular: Cacatua-das-molucas
Nome em inglês: Salmon crested cackatoo
Nome científico: Cacatua molusccensis
Distribuição geográfica: Indonésia
Habitat: Regiões costeiras, montanhas e florestas.
Hábitos alimentares: Sementes, castanhas, frutas, bagas e possivelmente insetos e larvas.
Reprodução: Período de incubação de 30 dias, botando aproximadamente 2 ovos.
Período de vida: Em cativeiro aproximadamente 50 anos.
Situação atual: Ameaçada de extinção
As Cacatuas são aves pertencentes à família dos cacatuídeos, parecidas com os nossos papagaios. Diferenciam-se destes pela presença de uma grande crista móvel, semelhante a uma coroa. Além disto, ao contrário dos papagaios que possuem plumagem muito colorida, as cacatuas apresentam coloração mais simples.
As cacatuas das molucas (Cacatua molusccensis) apresentam plumagem branca, rosada ou alaranjada, medem de 40 a 50 cm de comprimento e chegam a pesar 900 gr. É a maior espécie pertencente à família dos cacatuídeos. Ocorrem na Indonésia, nas montanhas e florestas das regiões costeiras. A sua dieta é constituída por sementes, castanhas, frutas, podendo incluir insetos e larvas.
Fazem seus ninhos no interior do oco de árvores. Na estação reprodutiva a fêmea põe de 2 a 3 ovos, que são incubados pelo casal. O período de incubação dura de 28 a 30 dias. Os filhotes permanecem no ninho, sob o cuidado dos pais, por aproximadamente 14 semanas.
Em cativeiro, foram observados indivíduos que chegaram aos 50 anos de idade.
A maioria das espécies de aves pertencentes à família dos cacatuídeos está ameaçada de extinção. A cacatua-das-molucas encontra-se, atualmente, classificada no Estado de Conservação: Vulnerável à extinção, segundo a organização “BirdLife”.
Família: Cacatuidae
Nome popular: Cacatua-das-molucas
Nome em inglês: Salmon crested cackatoo
Nome científico: Cacatua molusccensis
Distribuição geográfica: Indonésia
Habitat: Regiões costeiras, montanhas e florestas.
Hábitos alimentares: Sementes, castanhas, frutas, bagas e possivelmente insetos e larvas.
Reprodução: Período de incubação de 30 dias, botando aproximadamente 2 ovos.
Período de vida: Em cativeiro aproximadamente 50 anos.
Situação atual: Ameaçada de extinção
As Cacatuas são aves pertencentes à família dos cacatuídeos, parecidas com os nossos papagaios. Diferenciam-se destes pela presença de uma grande crista móvel, semelhante a uma coroa. Além disto, ao contrário dos papagaios que possuem plumagem muito colorida, as cacatuas apresentam coloração mais simples.
As cacatuas das molucas (Cacatua molusccensis) apresentam plumagem branca, rosada ou alaranjada, medem de 40 a 50 cm de comprimento e chegam a pesar 900 gr. É a maior espécie pertencente à família dos cacatuídeos. Ocorrem na Indonésia, nas montanhas e florestas das regiões costeiras. A sua dieta é constituída por sementes, castanhas, frutas, podendo incluir insetos e larvas.
Fazem seus ninhos no interior do oco de árvores. Na estação reprodutiva a fêmea põe de 2 a 3 ovos, que são incubados pelo casal. O período de incubação dura de 28 a 30 dias. Os filhotes permanecem no ninho, sob o cuidado dos pais, por aproximadamente 14 semanas.
Em cativeiro, foram observados indivíduos que chegaram aos 50 anos de idade.
A maioria das espécies de aves pertencentes à família dos cacatuídeos está ameaçada de extinção. A cacatua-das-molucas encontra-se, atualmente, classificada no Estado de Conservação: Vulnerável à extinção, segundo a organização “BirdLife”.
Arara-azul-de-lear
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Nome popular: Arara-azul-de-lear
Nome em inglês: Indigo macaw
Nome científico: Anodorhynchus leari
Distribuição geográfica: Bahia, na cidade de Canudos.
Habitat: Caatinga, em áreas de canyons e rochedos.
Hábitos alimentares: Principalmente sementes de licuri, mas também pinhão, umbu mucumã.
Reprodução: Período de incubação de 25 a 28 dias, botando de 1 a 3 ovos.
Período de vida: Em cativeiro aproximadamente 60 anos.
Situação atual: Criticamente ameaçada de extinção.
Restrita à caatinga baiana, mais precisamente nos municípios de Canudos, Euclides da Cunha e Jeremoabo, a Arara-azul-de-lear é uma das aves brasileiras menos conhecidas e mais ameaçadas de extinção. As ameaças à espécie vão desde a captura e comércio ilegal dessas aves até à intensa perda de habitat, ocasionados pela derrubada da mata nativa por atividades agropecuárias de subsistência, principalmente a criação de caprinos e o cultivo de milho.
As áreas de alimentação são determinadas por concentrações de palmeiras licuri (Syagrus coronata) em meio a árvores mais altas, isso se dá pelo fato de que o bando de Araras-azul-de-lear fica pousado em uma árvore alta enquanto dois indivíduos (espiões) partem para uma vistoria no local de alimentação e só depois o bando todo vai ao local para uma última conferência, e aí sim podem descer ao solo e desfrutar dos cocos caídos de licuri, o principal item na alimentação dessas araras. Além do licuri, utilizam também os frutos de pinhão, umbú e mucumã. Por vezes foram avistados bandos de araras forrageando em plantações de milho, o que acarreta má impressão diante dos agricultores. Em contrapartida, as criações de cabras na região ameaçam a recomposição natural da vegetação, pois as cabras usualmente devoram as mudas nativas.
Com a chegada das chuvas no final do ano, inicia-se a época reprodutiva. Os casais se separam do resto do bando e fazem seus ninhos em cavidades, nos íngremes paredões de arenito, onde os poucos casais reprodutores criam seus filhotes, numa média de dois por período reprodutivo.
Bastante semelhante à Arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus), a Arara-azul-de-lear é mais arisca, nitidamente menor, com uma plumagem mais desbotada, sendo o dorso e a cauda azul cobalto. Uma exceção em relação às outras araras-azuis é o fato de não dormirem empoleiradas, e sim em fissuras dos “canyons”, onde chegam aos finais de tarde, fazendo estardalhaço e sobrevoando aos bandos até acomodarem-se.
É conhecida cientificamente há 150 anos, mas seu território de ocupação foi descrito há apenas 30 anos. Estima-se que ainda existam cerca de 500 indivíduos na natureza, isso graças aos esforços voltados para a sua conservação, pois a Arara-azul-de-lear continua criticamente ameaçada de extinção. Esse alto grau de ameaça, aliado ao baixo grau de conhecimento dos comportamentos naturais da espécie, o que dificulta a sua reprodução em cativeiro, justificou a criação no ano de 1992 do “Comitê para Recuperação e Manejo da Arara-azul-de-lear”, cujos integrantes juntamente com o IBAMA, representam instituições nacionais e internacionais de pesquisa e visam a perpetuação da espécie através da elaboração de planos de manejo em cativeiro, conservação, reprodução, reabilitação e, se possível, reintrodução da espécie.
Família: Psittacidae
Nome popular: Arara-azul-de-lear
Nome em inglês: Indigo macaw
Nome científico: Anodorhynchus leari
Distribuição geográfica: Bahia, na cidade de Canudos.
Habitat: Caatinga, em áreas de canyons e rochedos.
Hábitos alimentares: Principalmente sementes de licuri, mas também pinhão, umbu mucumã.
Reprodução: Período de incubação de 25 a 28 dias, botando de 1 a 3 ovos.
Período de vida: Em cativeiro aproximadamente 60 anos.
Situação atual: Criticamente ameaçada de extinção.
Restrita à caatinga baiana, mais precisamente nos municípios de Canudos, Euclides da Cunha e Jeremoabo, a Arara-azul-de-lear é uma das aves brasileiras menos conhecidas e mais ameaçadas de extinção. As ameaças à espécie vão desde a captura e comércio ilegal dessas aves até à intensa perda de habitat, ocasionados pela derrubada da mata nativa por atividades agropecuárias de subsistência, principalmente a criação de caprinos e o cultivo de milho.
As áreas de alimentação são determinadas por concentrações de palmeiras licuri (Syagrus coronata) em meio a árvores mais altas, isso se dá pelo fato de que o bando de Araras-azul-de-lear fica pousado em uma árvore alta enquanto dois indivíduos (espiões) partem para uma vistoria no local de alimentação e só depois o bando todo vai ao local para uma última conferência, e aí sim podem descer ao solo e desfrutar dos cocos caídos de licuri, o principal item na alimentação dessas araras. Além do licuri, utilizam também os frutos de pinhão, umbú e mucumã. Por vezes foram avistados bandos de araras forrageando em plantações de milho, o que acarreta má impressão diante dos agricultores. Em contrapartida, as criações de cabras na região ameaçam a recomposição natural da vegetação, pois as cabras usualmente devoram as mudas nativas.
Com a chegada das chuvas no final do ano, inicia-se a época reprodutiva. Os casais se separam do resto do bando e fazem seus ninhos em cavidades, nos íngremes paredões de arenito, onde os poucos casais reprodutores criam seus filhotes, numa média de dois por período reprodutivo.
Bastante semelhante à Arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus), a Arara-azul-de-lear é mais arisca, nitidamente menor, com uma plumagem mais desbotada, sendo o dorso e a cauda azul cobalto. Uma exceção em relação às outras araras-azuis é o fato de não dormirem empoleiradas, e sim em fissuras dos “canyons”, onde chegam aos finais de tarde, fazendo estardalhaço e sobrevoando aos bandos até acomodarem-se.
É conhecida cientificamente há 150 anos, mas seu território de ocupação foi descrito há apenas 30 anos. Estima-se que ainda existam cerca de 500 indivíduos na natureza, isso graças aos esforços voltados para a sua conservação, pois a Arara-azul-de-lear continua criticamente ameaçada de extinção. Esse alto grau de ameaça, aliado ao baixo grau de conhecimento dos comportamentos naturais da espécie, o que dificulta a sua reprodução em cativeiro, justificou a criação no ano de 1992 do “Comitê para Recuperação e Manejo da Arara-azul-de-lear”, cujos integrantes juntamente com o IBAMA, representam instituições nacionais e internacionais de pesquisa e visam a perpetuação da espécie através da elaboração de planos de manejo em cativeiro, conservação, reprodução, reabilitação e, se possível, reintrodução da espécie.
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