terça-feira, 18 de março de 2008

Cágado-Cabeçudo

Ordem: Testudines

Família: Chelidae

Nome popular: Cágado-Cabeçudo

Nome em inglês: Vanderhaege's Toadhead Turtle

Nome científico: Bufocephala vanderhaegei

Distribuição geográfica: Bacias dos rios Paraguai e Paraná e na periferia da bacia Amazônica, compreendendo o norte da Argentina, o Paraguai e o Centro-Oeste e Sudeste do Brasil

Habitat: Floresta Amazônica e cerrado

Hábitos alimentares: Carnívoro

Reprodução: Desova entre 1 e 14 ovos por postura e incubação de aproximadamente 321 dias

Período de vida: Aproximadamente 20 anos


Muitos o chamam de tartaruga, mas na verdade ele é um cágado, pois apresenta um pescoço comprido e quando recolhe a cabeça para dentro do casco, o faz dobrando-a de lado. No Brasil, existem 16 diferentes espécies de cágado, 6 delas ocorrendo no estado de São Paulo.

O cágado cabeçudo é uma dessas espécies. O seu nome não faz menção a uma possível teimosia, mas sim ao tamanho avantajado da sua cabeça que garante, quando necessário, uma boa mordida. Os cientistas o conhecem como Bufocephala vanderhaegei e além de ocorrer nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, também ocorre no Paraguai, na Argentina e, possivelmente, no Uruguai e na Bolívia.

O acasalamento ocorre entre setembro e janeiro, durante a primavera e o verão, sempre dentro d’água. As desovas ocorrem posteriormente, de janeiro a junho, com o maior número sendo observado em abril. Os ovos são enterrados em um ninho aberto no solo e, embora o número de ovos por postura possa variar de 1 a 14, em média fica em torno de 6 a 7 ovos.

Eles apresentam casca dura e lisa, semelhante à do ovo de galinha, apresentando coloração creme. O formato é ligeiramente alongado e o peso gira em torno de 14,5g. Sabe-se que uma fêmea pode realizar mais de uma postura por ano. As fêmeas adultas são maiores que os machos, podendo alcançar 25 centímetros de comprimento do casco e 1.500 gramas de peso.

Trata-se de uma espécie praticamente desconhecida em termos da sua história natural, o que levou os pesquisadores do Setor de Répteis do Zoológico de São Paulo a se preocuparem com essa falta de informações. Estudando a espécie no zôo, descobriram vários aspectos da biologia e do comportamento do cágado cabeçudo.

Nenhum comentário: