segunda-feira, 17 de março de 2008

Flamingo-Grande

Ordem: Phoenicopteriformes

Família: Phoenicopteridae

Nome popular: Flamingo, Flamingo-grande, Flamingo-rosa

Nome em inglês: Scarlet ibis

Nome científico: Phoenicopterus ruber

Distribuição geográfica: Norte do continente e Antilhas até Florida.

Habitat: Lagunas rasas e salobras sem vegetação e beira mar.

Hábitos alimentares: São onívoros mas comem principalmente larvas, moluscos, pequenos crustáceos e algas.

Reprodução: 1 ovo e raramente 2, incubação de 27-31 dias.

Período de vida: Em cativeiro podem viver aproximadamente 40 anos.



No estado do Rio Grande do Norte há pinturas rupestres com pelo menos cinco mil anos que já retratam o flamingo. Com efeito, esta ave chama a atenção de quem quer que seja, por seu porte elegante, sua cor rósea ou seu bico estranho.

O bico do flamingo é uma estrutura fascinante: o desenvolvimento de sua língua e da estrutura de filtragem do seu bico, que se assemelha a um grupo de “franjas” na parte interna, faz com que se alimente de forma muito parecida com as grandes baleias. O flamingo, assim como elas, abre a boca debaixo d´água e deixa entrar, com esta, um grande número de pequenos animais. Quando fecha o bico, a água começa a escorrer, empurrada pela língua, e o alimento fica preso nas “franjas” até que toda a água se vá e o flamingo use novamente sua língua para pegar as partículas que lhe interessam.

Locais onde não há alimento para nenhum outro pássaro, como salinas e lagos alcalinos, são freqüentados por flamingos aos milhares, que se aproveitam dos microcrustáceos que ali vivem. Nestes lugares tão áridos, sentem-se seguros e ali costumam fazer seus ninhos.

A nidificação ocorre em grupos, pois é mais fácil se proteger e dar o alarme quando em grande número. Alguns lagos podem juntar mais de um milhão de flamingos na África! O flamingo-grande coloca apenas um ovo, que é incubado por um mês.

Quando nasce, o flamingo é descolorido, pois lhe faltam os pigmentos que seus pais adquirem dos crustáceos que comem. Mas isso é provisório. Os pais secretam uma substância no esôfago muito nutritiva e de cor vermelha, que rapidamente dá a cor típica da espécie aos filhotes. Há quem diga que os pais “dão o sangue” pelos filhotes. Quando são um pouco maiores, os filhotes recebem alimento semi-digerido dos pais, pois até os dois meses seus bicos não são resistentes o bastante para se alimentarem sozinhos.

Como tantas outras espécies, o flamingo aprecia ambientes que são julgados dispensáveis por muitos, e os aterros e drenagens dos lagos salobros e dos estuários são a maior ameaça para a conservação da espécie.

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